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Pia, uma artista que um dia foi aclamada, vive agora reclusa em uma instituição isolada. Entre paredes brancas e o silêncio de um quarto quase simétrico, ela recria o mundo com lápis de cera e folhas gastas, tentando dar cor ao que já não sente. À sua frente, há uma janela, ou o que acredita ser uma, por onde enxerga um céu cor de rosa, uma praia distante e um farol que nunca deixa de brilhar, mesmo quando tudo ao redor mergulha na escuridão.

Nas horas em que desenha, Pia transforma a dor em imagens, como se cada traço pudesse curar o que a memória insiste em ferir. Mas a chegada de Sal, um novo companheiro de quarto com um olhar gentil e perguntas demais, começa a romper as fronteiras entre o real e o imaginário. A partir desse encontro, lembranças que ela julgava perdidas ressurgem em meio às cores, revelando segredos que a mente tentou esconder.

Enquanto tenta compreender se o que vê é apenas fruto de sua arte ou um reflexo do que restou do mundo lá fora, Pia descobre que a maior prisão pode ser aquela construída dentro de si mesma. E que, às vezes, é preciso atravessar a própria escuridão para aprender a ver a luz.

“Onde o céu é cor de rosa” é uma história sobre luto, amor e a tênue linha entre imaginação e realidade. Uma viagem sensorial pelas camadas da mente de uma artista que busca, entre faróis e vaga-lumes, um novo caminho de volta para si.